Resumo: Os enquadramentos culturais, as leis e as políticas sociais dominantes na Europa do Sil resultam frequentemente de – e reproduzem -, um imaginário coletivo baseado num casal reprodutivo, coabitante, monogâmico e cis-heterossexual. Concomitantemente, apesar dos avanços significativos na legislação nos últimos anos, as intimidades LGBTQ+ continuam a ser alvo de preconceito, violência e vergonha quotidianos. O objetivo deste artigo é compreender como o reconhecimento estatal contribui para o desfazer do abjeto culturalmente associado às intimidades LGBTQ+; e analisar os traços pessoais, socioculturais e jurídicos que moldam as biografias que transformam cidadãos íntimos em amantes íntimos e/ou estranhos legais.
Palavras-chave: LGBTQ+; intimidades; não-monogamia consensual; envelhecimento; relacionalidade dissidente; performatividade relacional; Portugal
Referência: Santos, Ana Cristina, and Ana Lúcia Santos (2023), “Intimate Lovers, Legal Strangers—The Politics of Dissident Relationality in Portugal”. Social Sciences 12: 144. https:// doi.org/10.3390/socsci12030144